terça-feira, 1 de junho de 2010
ESTAMPA EM JUNHO
Agora em junho a gente não se enxerga
nítido, no espelho embaciado.
A manhãzinha são nevoeiros
móveis, flocos aspirando
a se tornarem cabrito, padeiro, bicicleta
a um metro de distância.
A fala, brancura de ar. Nem montanha
nem casas ao redor.
O tempo suprimiu os estatutos
da vida real. A liberdade
de meus passos faz-se bruma, eu próprio
sou alvo fantasminha divertido.
Experiência de não ser. Mas sendo para ver.
Carlos d. de Andrade
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