quarta-feira, 14 de abril de 2010
SER
O filho que não fiz
hoje seria homem
Ele corre na brisa,
sem carne, sem nome.
Ás vezes o encontro
num encontro de nuvem.
Apoia em meu ombro
seu ombro nenhum.
Interrogo meu filho,
objeto de ar:
em que gruta ou concha
quedas abstrato?
Lá onde eu jazia,
responde-me o hálito,
não me percebeste,
contudo chamava-te
como ainda te chamo
(além, além do amor)
onde nada, tudo
aspira a criar-se.
O filho que não fiz
faz-se por si mesmo.
Carlos d.de Andrade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário